Hoje, 28 de junho, é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Por trás dessa data há uma história cheia de lutas e resistências de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais identidades, de diferentes raças e classes e contextos sociais.
Lutas para pertencer, viver e sobreviver frente a uma sociedade que exclui e silencia as diferenças, por meio de violências das mais ínfimas até as que levam a mortes.
ORGULHO, portanto, é uma construção contínua, coletiva, um processo de continuar resistindo, apesar de todas as formas de hostilidade, de violências cometidas às corpas dissidentes da norma.
“O que pode um corpo sem juízo?
Quando saber que um corpo abjeto se torna um corpo objeto e vice-versa?
Não somos definidos pela natureza assim que nascemos
Mas pela cultura que criamos e somos criados
Sexualidade e gênero são campos abertos
De nossas personalidades
E preenchemos
Conforme absorvemos elementos do mundo ao redor
Nos tornamos mulheres ou homens, não nascemos nada
Talvez nem humanos nascemos
Sob a cultura, a ação do tempo, do espaço, história
Geografia, psicologia, antropologia, nos tornamos algo
Homens, mulheres, transgêneros, cisgêneros, heterossexuais
Homossexuais, bissexuais, e o que mais quisermos
Pudermos ou nos dispusermos a ser
O que pode o seu corpo?”
(Canção – O que pode um corpo sem juízo? – Jup do Bairro)
É importante que a psicologia, por meio das psicologues que atuam na profissão e, a comunidade gestáltica, fortaleçam suas práticas em defesa da população LGBTQIA+, não sendo mais instrumentos de promoção do sofrimento, do preconceito, da intolerância e da exclusão.
A ABG reconhece a necessidade de todo ativismo LGBTQIA+ e convida a seus associados e comunidade a ampliar o diálogo, promovendo meios para que a diversidade e a pluralidade sejam garantias e possibilidades de exisitir e de vir-a-ser, em constantes transformações.
Texto de Leonardo Brandão – Gestalt-terapeuta associado da ABG