Dia 27 de Agosto se aproxima e iremos compartilhar ao longo da semana, algumas reflexões sobre temáticas que atravessam a todas, todos e todes, mesmo que em níveis e formas diferenciadas.
A seguir, um texto escrito pelo Gestalt-terapeuta, Paulo de Tarso.
Um dos temas fundamentais para o campo da saúde mental diz respeito às lutas às garantias de direitos à diferença e aos processos de desmanicomialização e de despatologização da vida operados pela história da luta antimanicomial. Ao longo de décadas luta-se para a construção de outras formas de compreensão das experiências sensíveis humanas para além daquelas fundadas na nosografia e nosologia psiquiátricas, bem como em relação às práticas de cuidado (AMARANTE, 2005, 2003, 2000).
Trabalhando no campo da saúde mental há trinta anos, articulando-o aos campos da Gestalt-terapia, Musicoterapia e Filosofias da Imanência, vemos a grande importância na busca de criação de espaços expressivos nos quais a diversidade social possa tecer a vida conjuntamente em experiências extramuros (PEIXOTO, 2016). A Gestalt-terapia torna-se uma potente abordagem no acompanhamento das diversas experiências de sofrimento que buscam o campo da saúde mental, sobretudo, em relação à sua epistemologia ético-estético-política (PEIXOTO, 2021).
Deixo o meu abraço aos amigos psicólogos por seu dia, em especial, aqueles que se apoiam na Gestalt-terapia no trabalho de um cuidado sensível às pessoas que buscam os espaços de saúde mental.